sábado, 7 de novembro de 2015

DELÍRIOS ESPIRITUAIS

         

         "Conheci o inferno. É um lugar horrível! Um espaço enorme, totalmente escuro, não tem chão, parecido com uma abóbada. Olhando pra baixo não se ver nada, mas se olhar pro teto ver umas frestas de luz, oriunda do lugar de luz. Mas esta luz das frestas não é capaz de iluminar o local, que tem trevas espessas. Na parede tem um telão que passa trechos da minha vida, mostrando meus erros e os erros de todos que foram parar ali.

          Também conheci o Diabo. Depois de ele me torturar um pouco me conduziu para fora do lugar de trevas. Então caminhamos por um caminho exclusivo, parecido com um túnel de vidro, mas este vidro parecia flexível. Fora do túnel de vidro flexível o mundo funcionava normal. Pessoas iam e viam. Compravam e vendiam. Sorriam e choravam. Mas eu ali, na companhia do Diabo, só chorava. Ele me avisou que não tinha jeito! O meu destino era ficar no local das trevas. Mas eu não aceito isto! Então, ele me conduziu pra um lugar bem alto, que tinha alguns buracos no túnel que possibilitava minha fuga. Então ele me mostrou o precipício e um dragão terrível lá embaixo. E me fez o convite mortal: Viver nas trevas e chorando, ou morrer.

          Mas consegui fugir dele e hoje ainda estou vivo. Mas tenho medo de até quando vou conseguir resistir."


Um conto de CREG FROYTOY. Traduzido por David Coutinho.


          Crédito da imagem HAIKU DECK

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

LIBERDADE DE EXPRESSÃO E DESRESPEITO A FÉ


Há algum tempo que eu venho com isto na cabeça. Afinal, onde termina a liberdade de expressão e começa o desrespeito a fé? Pois bem! Eu tenho uma dificuldade enorme de acreditar em seres invisíveis vindos do espaço. Mas todo mundo acredita nisto. Apesar de ninguém se entender, pois cada um crer num deus diferente, ainda assim professam sua fé em um ser superior. Então, existe uma guerra de ideias entre os vários grupos religiosos. E como fica pessoas como eu, que não conseguem acreditar em nenhum destes deuses? Será que eu não posso expor minha opinião em nada que estarei blasfemando contra o deus alheio?

Então, no momento atual, a moda é dizer que o mundo está acabando. Na verdade não de agora, mas acredito que hoje em dia isto se intensificou. A cada vez que um papa morre, que cai uma forte chuva, que morre um americano, que começa uma guerra, que inicia-se uma crise econômica, começam os rumores. Expressões como “Mas que calor! Ainda bem que Jesus já está voltando!”, “Mataram o traficante na Indonésia, é o fim do mundo mesmo!” e “Os mulçumanos querem matar os paquistaneses e afegãos para ficar com aquela terra nas montanhas. Isto é diabo puro!” bombam nas redes sociais. Mas se eu não sigo o deus pregado por estes indivíduos, na cabeça deles eu sofrerei sanções terríveis com “a volta de Jesus” ou “o fim do mundo”, certo? Então, por que eu não posso explicar a eles que pela minha fé Jesus não vai voltar nunca?
Se eu fizer um desenho de Jesus rindo dos crentes nele a espera de sua improvável volta, pode até ser considerado como um desrespeito. Mas, se eu disser que não acredito que Jesus está voltando, pois tudo o que acontece hoje na humanidade sempre aconteceu, seria desrespeito ou fé adversa? Será que algum cristão acredita que Maomé é sagrado? Se não, quer dizer que o cristão está desrespeitando o profeta sagrado do islamismo. E certos cristãos protestantes estão desrespeitando os espíritas quando dizem que os espíritos são demônios. São só alguns exemplos.

Percebe como o caldo começa a entornar? Então, eu acredito que não estou desrespeitando ninguém quando respondo que não acredito nestes deuses pregados por aí. E tenho o total direito de responder as asneiras que se publica diariamente nas redes sociais. Afinal de contas, se os crentes em seres invisíveis vindos do espaço têm o direito de dizer a todo instante que o mundo está acabando por que um político roubou, eu também posso recitar Cazuza, que diz que “vão ficar os homens se olhando e dizendo que o momento está chegando e não acontecerá nada!” É a liberdade de expressão! Ou desrespeito a fé?


Fui! Um abraço!

Crédito da imagem:  MOREIRA NET

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

A MACONHA E O CÂNCER



“Assista, reflita, informe-se, repense... Por que será que precisamos tomar imenso cuidado com a legalização desta planta, enquanto as duas drogas que mais matam no mundo são lícitas? Quantas doenças são tratadas com álcool e tabaco? Quantas patentes teremos que esperar pra que a cura possa ser ace$$ível?”  CASSIO LORETTI WERNECK

Documentário afirma que a maconha é a cura do câncer. E o relato do amigo acima, dado pelo Facebook, contesta o mal causado pelo álcool e tabaco, drogas lícitas. Mas... 

Este é um assunto muito complicado na minha cabeça, a ponto de eu não conseguir refletir... Já que o tráfico das drogas ilícitas também mata bastante, além de financiar a violência nas grandes cidades. E agora? Acredito que deveria ou proibir totalmente todas as drogas ou legalizar todas elas. Mas como? Já que acredito que maconha nem era pra ser considerada “droga”! Só é droga por ser vendida por traficantes que dominam a sociedade, aliciam crianças pra usar fuzil, aterrorizam moradores de comunidades pobres, além de venderem drogas de verdade e super-destrutivas (vide crack). 

Mas nunca foi comprovado o mal causado pela maconha! O que foi comprovado na verdade foi o seu grande efeito curativo de doenças, além de outras utilidades, como na indústria têxtil, por exemplo. O seu mal é apenas a violência que ela financia... Então, como resolver esta questão? A culpa da violência é de quem compra ou de quem vende? E a cerveja? E o vinho? Que se forem consumidos de forma responsável não causa mal a ninguém... E o tabaco industrializado se consumido reservadamente, também não incomoda ninguém... Mas como cheirar cocaína e fumar crack de forma responsável? 

Além de existir as drogas vendidas nas farmácias, recomendadas pela medicina e exploradas pela indústria farmacêutica... Muito complicado! Realmente uma droga pra entender! Mas... 

“Maconha é a cura do câncer”, afirmam cientistas em documentário revelador.


Mas lembre-se que o uso defendido pelo documentário é apenas medicinal!


Fui! Um abraço!