quarta-feira, 18 de novembro de 2009

OS CASARÕES pt 2



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"Na verdade o que eu tenho é uma HISTÓRIA DE OBSERVAÇÃO, ou seja eu VI uma história triste, uma forma de vida desoladora. Tive a tristeza de ver grande indiferença. O que eu vi é realmente fantástico, no sentido negativo, infelizmente. Pessoas vivendo como bichos dentro dos hospícios que são chamados de hospitais psiquiátricos. Na verdade bem pior do que bichos." ZHEREAL


Pois é... Foi publicado há alguns dias o segundo capítulo de “OS CASARÕES” do Zhereal... Gostei muito dos comentários por ele feito antes de iniciar o relato supracitado... Ele mostrou claramente que existe sim DOENÇA MENTAL... Ele mostra uma preocupação com a condição dos “doentes” nos hospitais em que ele passou... Meio que egoísta ele diz que não sofreu tanto, e sim “observou” sofrimentos... Isto é um relato de uma pessoa forte, decidida, leal, capaz... Relato de alguém que com certeza não veio a este mundo sem objetivos... Ele mostra com suas palavras que está além de nós... O seu “mundo particular” é bem mais evoluído que o nosso, simples mortais... Ou do meu mundo, que é sem pretensões e objetivos... Fiquei feliz em ler o texto e vou tentar acreditar que tudo o que ele diz seja realmente o que ele sente, pois não sei se sentiria isto... Na verdade nem sei o que eu sinto.... Mas...

"Já não sei dizer se ainda sei sentir, o meu coração já não me pertence... Já não quer mais me obedecer, parece agora estar tão cansado quanto eu..." RENATO RUSSO


OS CASARÕES

TÁBULA RASA - CAPÍTULO 2


No princípio havia caos e escuridão. É um tipo de renascimento. Ele está num lugar. Ele sequer sabe por que ele está lá. Ele está totalmente confuso. Nada sabe ele de sua própria descendência, ele nem sabe se está vivo ou morto. Não sabe se é homem ou mulher. Talvez ele não seja nem um, nem outro. Talvez ele seja um anjo. Ou um demônio... É um recomeço. É um tipo de renascimento, pois ele é uma tabula rasa novamente.

Como as pessoas falam com ele passa a conhecer o próprio nome. Seu nome é a abertura da grande porta de seu passado... Suas memórias eram de muito tempo atrás, mas talvez nem seja tanto tempo, afinal, ele tinha pouca noção do tempo. Ele mal sabia quando era dez horas da manhã ou três da tarde. Não lhe deixavam ver o sol.

A menção de seu nome tornou as memórias mais claras. As memórias que ele tinha eram obscuras, porém a lembrança de seu nome deu-lhe uma certa identidade. Essa identidade o ligou a outras pessoas fazendo que as outras memórias fluíssem com mais facilidade.

Daí ele passava a receber lembranças mais lúcidas. De sua infância, adolescência e do início de sua vida adulta. Ele não conseguia se lembrar de coisas recentes de sua vida. Suas lembranças paravam num certo ponto e havia uma estranha pausa nas memórias...Leia mais...

Acesse http://pacientepsiquiatrico.blogspot.com/2009/11/historia-ignorada-do-paciente.html e leia a história na íntegra...

Fui!!! Um abraço!!!

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