O ABUSO DA XUXA

“Meu filho já era separado e meu neto ficava comigo de 15 em 15 dias. Até que a mãe dele entrou na Justiça com uma denúncia de que eu teria abusado sexualmente do menino, que tinha 3 anos. Quando eu vi aquilo entrei em desespero. Por mais forte que você seja, é difícil ter que provar a sua inocência de uma barbaridade desse tipo. Foram quatro anos de luta até que eu fosse inocentada. O pior, porem, só veio depois. O meu neto ficou muito traumatizado com tudo isso.  Se a gente fica mal, imagine ele, que era tão pequeno na época? Hoje ele tem 12 anos e virou um menino arredio, sem amiguinhos. Quando vai ficar com o pai, não quer sair, não quer ir ao cinema, andar de bicicleta, nada. Nosso relacionamento nunca mais foi o mesmo. Às vezes, ele nem fala comigo, se recusa a me ver. Tenho muito medo que ele não consiga superar esta história. Tudo o que eu quero é que a mãe dele viva em paz, deixe a gente viver em paz e não faça mal nenhum ao meu neto.” “Y” Inocentada após denúncia de abuso sexual. 

Após a exibição do FANTÁSTICO em que Xuxa Meneghel contou ter sofrido abuso sexual na infância, este assunto veio à tona novamente. E com certeza mexeu com muita gente que viveu ou vive a situação, que é muito mais comum do que imaginamos. Mexeu comigo também. Não que eu tenha sofrido abuso sexual na infância, mas fui acusado de ter cometido abuso sexual na infância. Então saiu no Jornal Extra uma reportagem falando da repercussão do caso. Por isto resolvi falar novamente do caso, já tratado outras vezes aqui no Blog.

Um dos assuntos interessantes da reportagem é sobre as denúncias falsas, como a relatada no parágrafo em destaque na abertura do post. Segundo a reportagem, nas 13 Varas de Família do Município do Rio de Janeiro, 80% dos casos são falsos. Acredito que isto acontece por que a vítima tem medo de denunciar, então quem denuncia é um adulto. Na maioria dos casos, segundo a reportagem, a mãe está separada e denuncia o pai para restringir visitas. Segundo o psicólogo Lindomar Darós, da Vara de Infância e Adolescência de São Gonçalo, quando a criança é muito pequena ela tem dificuldade para diferenciar a fantasia da realidade, se repetem que sofreu abuso, isto acaba virando uma verdade. Essa “verdade” provoca tantos danos psicológicos quanto abuso verdadeiro. A criança cresce com baixa autoestima e dificuldade de se relacionar.

Quando eu fui acusado indevidamente de abuso, sofri muito com a situação. Fiquei desesperado, assim como conta “Y” no início da postagem. Ainda carrego traumas desta situação. Mas com ajuda de psicólogo e amigos consegui superar e hoje acredito que sei lidar tranqüilo com a situação. Hoje eu entendo por que fui acusado.

“Policiais do DCAV prenderam mais um acusado de estupro. Com o pretexto de aliviar dores nas costas, massageando a neta de sua companheira, o acusado deitava na cama e tirava sua roupa. Segundo relato da menor, a cena ocorreu diversas vezes durante três meses. Na época com 7 anos, a menina desconfiou do pedido de sigilo sobre as massagens e questionou a mãe se “massagens eram feitas daquela maneira”. A confissão resultou em dez anos de prisão para o pedófilo.”

Noutra parte da reportagem mostra o texto acima. É mais ou menos assim que estes monstros agem. Disfarçando para enganar as crianças e destruírem suas vidas. Mas existem muitas dicas de como descobrir se o seu filho ou familiar está sendo molestado por alguém. É só buscarmos informação. Eu tenho muito medo de meus filhos passarem por uma situação destas, então tomo muito cuidado. Ainda mais depois que sofri tal acusação... Tive que me informar muito sobre a situação.

Mas pra mim um dos dados mais interessantes da reportagem é sobre uma estatística sobre os tipos de denúncia sobre abusos ou violência contra classes de indefesos, ou grupos de risco. Dê uma olhada do gráfico, números em porcentagem:

Como você pode ver, a diferença entre os abusos contra crianças e adolescentes é gritante em relação a outros grupos que reivindicam proteção especial. E ainda vemos pessoas que defendem o direito de bater nos seus filhos. Será que já não basta tanto sofrimento para as crianças? Por que não se tenta educar?

Agora sobre um grupo muito influente que está ganhando muita força na mídia, o GLBT, nem de perto se compara com os abusos e violências cometidos contra as crianças. Não entendo por que tanto barulho deste grupo, se achando grupo de risco.

Mas é isto. É a vida. Já existe movimento pelos direitos das vadias, dos maconheiros, dos heterossexuais, entre outros. Estou pensando em criar um movimento pelos direitos dos roqueiros, pois me sinto discriminado por gostar de rock.

Fui!!! Um abraço!!!