14/01/08 00:00:00 Status: Arquivado
MEU AMIGO ENFERMEIRO
"Eu relatei há alguns “posts” atrás sobre o Complexo Psiquiátrico Juquery em São Paulo... Na verdade eu reproduzi uma matéria publicada na Internet sobre o hospital... Deixei tudo quieto e sem comentários para que quem lesse, tirasse suas próprias conclusões... Bom! Neste relato vem denúncias de abusos contra doentes mentais que aconteceram em Franco da Rocha, mas eu poderia falar de muitos outros hospitais do Brasil, como o Hospital de Barbacena em Minas Gerais, o Dr Eiras aqui no Rio de Janeiro, ou até mesmo os três hospitais que o meu irmão ficou internado em que ele relata também abusos nos seus blogs... Mas o interessante é notar que talvez estas práticas de abusos tenham começado naquela época, quando eletro choque e ficar amarrado eram aplicados aos pacientes como forma de punição, e eram enviados para os manicômios não só os doentes mentais, mas mendigos, marginais, negros e todos que eram importunos e inconvenientes, por exemplo... Se a Justiça começasse a investigar de verdade, com certeza iria achar muitos outros absurdos, pois conforme o texto anterior mostra, existia até cemitério clandestino com covas coletivas... Absurdos loucos que eu nem gosto de falar, mas hoje eu preciso e devo fazer isto... Teve uma época da minha vida, após a primeira crise do meu irmão, que eu não podia nem ouvir falar em psiquiatria ou psicologia que eu me sentia mal, a ponto de não conseguir dormir... Talvez por trauma ou preconceito... Eu nunca imaginei que teria que passar por problemas psiquiátricos tão pertos de mim... Mas ainda acredito que o doente mental deva ter tratamento, mas qual? Com certeza este (tratamento) que nós vemos em vários relatos de pacientes, é que não pode ser... Os doentes mentais de hoje ainda são tratados como excluídos, tanto pela sociedade como pela família...Eu por exemplo precisei de auxílio de psicólogo há pouco tempo atrás, imagine se eu fosse tratado com eletro choque ou fosse amarrado? Com certeza estaria pior do que antes... Quando eu estava em “crise” eu procurei ajuda em todos os cantos, em todos que pudessem me ajudar... Nesta busca eu contatei também com o tal MEU AMIGO ENFERMEIRO... O que não me falta é amigo enfermeiro, mas por mais curioso que possa parecer este “enfermeiro” não é meu amigo, ele é apenas um conhecido, que eu não vi mais desde a conversa sobre psiquiatria... Mas com a ajuda dele, do meu psicólogo, de amigos, de minha esposa e meus irmãos eu acredito ter conseguido superar a pior parte do meu problema e estou hoje pronto pra vencer o meu “desafio da vida”...
Um Abraço!!!
Sorte pra mim e pra vocês também..."
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