O mito de que a morte é coisa do mal é até interessante, mas não
procede. Pois imaginem vocês o que seria de um Jardim do Eden onde nenhuma
planta, nenhuma árvore, nenhum animal e nenhum homem morressem? Como iria
acontecer o ciclo da vida? Imagine um céu onde você degusta frutas deliciosas e
não defeca? Pra onde iriam estas frutas? E se existe fruta, é sinal de
nascimento, se nasce alguma coisa, automaticamente tem que se morrer também,
pois senão os espaços se acabam, a vida não gira, não há ciclo. (“Na natureza
nada se cria, tudo se transforma”) Se alguém acredita na perfeição de uma
natureza criada por algum “deus”, tem que aceitar também no ciclo da vida. Um
fato super interessante que vem acontecendo hoje em dia é uma prova concreta de
como é necessário o ciclo da vida; hoje em dia nascem mais pessoas do que
morrem. Não existem mais guerras, as doenças estão controladas e a fome não
mata tanto como antigamente... O que vemos neste cenário atual? É a natureza
pedindo socorro. O homem não tem nenhum predador natural, então não existe
controle populacional, o que acarreta no esgotamento do planeta Terra... Se o
número de morte dos homens estivesse sob controle, isto não estaria
acontecendo. O homem nunca viveu tanto quanto hoje. Além de que o homem não
aceita viver como animal, coisa que ele é. Quer insistentemente mudar a
natureza; destruindo florestas, poluindo rios e mares, matando os outros
animais por prazer e etc... O ciclo da vida é inevitável! Não adianta inventar
céu ou “Jardins do Eden”... Você vai morrer e sua matéria voltará pro mesmo
lugar de onde veio. Seu corpo tem a mesma composição química que todos os
seres vivos ou inanimados... Portanto tem que voltar a fazer parte da tal composição. Isto é natural! É a natureza! Disseram-me certa vez que ninguém tem medo da
morte ou chora pela morte de um ente querido, e sim pelo medo da dor. Choramos
pela dor que nosso ente querido morto sentiu antes de morrer. Mas pra mim não
faz sentido. Pois ninguém conhece a morte e todos temem o desconhecido.
Fui! Um abraço!
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