A FÉ QUE MOVE DÍGITOS

Recentemente vocês puderam observar que o texto “Os Produtos Mais Vendidos do Mundo” aqui esteve durante um tempo. Destrinchando esse assunto, chegamos a muitas outras polêmicas postagens, e esse é um blog com assuntos altamente polêmicos. Como tal título não deixa mentir.

Tentarei da melhor formar expressar com total respeito e amor, tudo o que “realmente acontece” dentro desse mundo.

Ninguém é hoje tão imbecil, que não saiba os milhões que sua religião movimenta, tendo em vista que um índio, no centro da floresta (palavrões vieram em mente) sabe exatamente quanto ele movimenta de dinheiro dentro de sua tribo, provavelmente usando um programa de gestão, num notebook  melhor que o seu. Então como uma pessoa que mora lá pra dentro, (novamente palavrões) lá na “Cochinchina”, consegue ser enganada por um pai-de-santo? Pastor, bispo e por ai vai. Ninguém obriga a ninguém que dê seu dinheiro, casa, carro, jóias, horas extras num bordel ou até mesmo que se abra um para dar o que seria uma contribuição da fé. Muitos falam: “Ah! Mas eles fazem de um jeito que quase obriga a gente”, impressionante como pessoas conseguem com uma facilidade absurda camuflar suas boçalidades. Tenha o mesmo contato com essas pessoas e faça suas cabeças por um motivo qualquer, que não ganhará nada, nada mesmo. Não preciso mencionar que dão dinheiro para suas religiões pensando no troco. A probabilidade de este ser inclinar-se a sua ideia é quase zero.

Há pouco tempo fora preso um pai-de-santo acusado de enganar seus “clientes”. Pergunto: quem é pior? “O cliente ou o sábio que tudo sabe?” Ele mantinha anúncios em tablóides de grande circulação no Rio de Janeiro. Sabemos que uma propaganda num jornal não é barata. Seu chamariz: “Trago a pessoa amada em três horas.” Realmente deve ter surtido muito efeito, duas páginas inteiras de propaganda, um marketing maravilhoso para sustentar tamanho gasto. E uma frase da delegada que estava à frente da investigação, pra mim foi a melhor de todas, era exatamente assim: “Ele enganava as pessoas.” Com uma observação tão lógica, o primeiro pensamento que tomou minha mente foi: “O amor não chegou em três horas!” (nem hora nenhuma) E foi exatamente partindo dai que pensei como deveria funcionar esse tipo de coisa. O cara atuava há anos e fazia as mesmas coisas há muito tempo e nunca foi feito nada? E aos que restam, como vai ser? E aos pastores que vendem água do rio Jordão, comprovantes de terreno no céu? O crime do babalorixá foi estipular um horário? Se é executado como um serviço, por que não o PROCOM ? Claro! Li que ele fazia outras coisas além de charlatanear, mais o que não me conformo, é com a injustiça do poder público. Por que o pai-de-santo e não, nunca, um bispo? Qual a diferença do amor da sua vida em três horas, com adquirir um carnê da fé? Se o carnê não funcionar, reclama-se com quem? Se o produto vier com defeito, tem garantia? Se a polícia resolver prender também tais pessoas, como ficam os pagamentos? Se não valer mais durante o litígio? Se fôssemos mais educados? Se fôssemos mais políticos? Se fôssemos menos egoístas? Se fôssemos mais inteligentes? Se fôssemos menos corruptos?

Se?

Se...

Escrito por:

JÚNIOR LUIZ

Créditos da imagem:
SALA VIP

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