Durante a história
da humanidade sempre existiu uma Deusa como referência. De Géia a Atena
passamos por várias outras divindades femininas, como: Isis, Anuket, Deméter, Heka,
Afrodite, Selene, Aurora, Iemanjá, Ixchel e outras. O homem sempre teve a
necessidade de ser representado por uma deusa. Mas em algum momento da história
o eterno feminino personificado na Deusa foi sobrepujado pela tirania
patriarcal dos tempos vindouros. A virilidade tomou o lugar da sensibilidade
feminina numa escusa de competitividade, coragem, força e poder bélico.
Mas
percebeu-se que esta tirania patriarcal, depois militarista e industrial,
começou a ruir com o passar do tempo. E hoje vemos na sociedade a falta da tal
sensibilidade, num mundo construído com o espírito machista. Muito mais pela
razão que pela emoção. Sem a presença da intuição que tanto os machos buscam em
seios maternos. Mas estas, intuição e sensibilidade, poderiam estar presentes
no seu ato de adoração a sua divindade. Se não eliminássemos a Deusa existente
na Natureza durante séculos e séculos da história humana.
A Virgem
Maria hoje em dia é criticada pelos protestantes como se fosse idolatria. Mas
se começarmos a pensar, não faz sentido existir apenas um deus macho. Como na
história sempre houve deuses e deusas, daí deve-se a razão pela qual os
católicos criaram uma deusa mulher. Até os evangélicos tentam alimentar a idéia,
meio que sem querer, tentando colocar a Igreja como a Noiva, ou seja, a Deusa.
Mas a igreja é composta por humanos. Humanos não são deuses em nenhuma
mitologia. Não faz sentido ser agora na mitologia cristã.
Estive
pesquisando alguns símbolos e descobri que muitos deles foram deturpados pela fé.
Basta lembrarmo-nos do famoso e temido pentagrama. Este símbolo significava a
deusa Vênus. Símbolo da beleza da mulher. Origem da palavra “venérea”,
relacionada ao sexo, a feminilidade. Este símbolo foi transformado em coisa do
demônio pela Igreja Católica. A palavra “venérea” se relaciona hoje com doença.
E quanto ao tridente do deus Netuno? Virou o tridente do capeta. Mas por quê?
Porque historicamente sempre que um povo domina o outro, ele deturpa as crenças
de seu inimigo, para derrubar a principal base de qualquer sociedade: a crença
em algo. Então, o povo dominante hoje em dia é o cristão, colonizado pelos
ocidentais. Nada difícil de perceber porque não existe mais Deusa no
cristianismo. Isto acontece, pois na época da “colonização” dos povos pagãos, a
crença em vários deuses era a principal base. Como os dominantes eram
machistas, é claro que exterminariam a existência de deusas para criar um novo
pensamento: o Deus único. Por que este Deus não poderia ser “fêmea”? Simples:
os dominantes eram machistas, como já falei.
Existe uma
teoria que diz que em tempos remotos, durante os combates e a luta pela
sobrevivência, os povos tentavam unir forças para resistirem aos ataques
inimigos e as dificuldades de sobrevivência na “selva”, de maneira bem
assustadora para os povos atuais. Naquela época não existia ainda a vida em
comunidade, então era cada um por si. Assim, os machos se uniam com machos, e
fêmeas se uniam com fêmeas, tipo um homossexualismo. Naquela época, segundo
esta teoria, não era importante o acasalamento, derivado de casal, macho e
fêmea. E sim a sobrevivência. Todos sabem que dois machos se entendem bem
melhor que um macho e uma fêmea. O mesmo para duas fêmeas. Então, por questão
de sobrevivência, eles viviam em duplas: macho+macho e fêmea+fêmea. Mas será
que o cristianismo realmente excluiu a fêmea como divindade?
Acredito que
não. Acredito que a Deusa sempre esteve presente no cristianismo. Ela só foi
camuflada. A principal religião cristã do mundo, o catolicismo, guarda uma
deusa para si. Nenhum católico vai negar que chama a Virgem Maria de “Mãe de
Deus”. Convenhamos, mãe de deus só pode ser deus também. Eles disfarçam,
relutam, mas no final é difícil de não admitir: Maria é uma Deusa! E quanto à
história secreta de Maria Madalena, que segundo alguns estudiosos seria amante
de Jesus? Se Jesus é o Deus do Cristianismo, automaticamente a Deusa seria
Maria Madalena. Mas esta versão foi logo
descartada, sobrando mais tarde apenas o vazio da necessidade de uma Deusa.
Nisto, Maria mãe de Jesus foi imortalizada como a Deusa.
Fui! Um abraço!
Crédito da imagem:
NUNCA TINHA PENSADO NISSO ANTES, MUITO INTERESSANTE, LEGAL E APRAZÍVEL A LEITURA...
ResponderExcluirJÚNIOR LUIZ
ExcluirNa verdade a verdadeira Deusa do verdadeiro cristianismo é Maria Madalena. Mas esta história foi apagada pela Igreja Católica e passado a responsabilidade para Maria mãe de Jesus.
ResponderExcluirVocê de ser mais um fã do livro O Código da Vinci. Comentário interessante! Abraços e obrigado pelo comentário!
Excluir