terça-feira, 2 de março de 2010

EU, VOCÊ, FAMÍLIA E DOENÇA MENTAL

24 de Julho de 2007

QUASE DOIS ANOS E MEIO DEPOIS

"Sabe aquele seu amigo enfermeiro? Ele não pode falar sobre psiquiatria de hoje, pois eu freqüento encontros da luta antimanicomial e nunca o vi por lá. Aliás nunca vi nenhum enfermeiro por lá. Ele falou para você coisas enfeitadas que ele ouviu falar, pois as pessoas que passam e estão passando por internações conversam comigo e a covardia nas internações continua.

Outra coisa: eu não busco ter muito contato com você simplemente por não termos quase nada em comum. Eu trabalho em coisas sociais e você trabalha em algo que é quase agiotagem (se suas vendedoras soubessem um pouco de legislação você estaria em maus lençóis) e que é contra meus princípios. Só isso. Eu só recebo quem trabalha em algo conveniente para mim.

Quanto a você dizer que me internou para que eu não me ferisse: isso não é desculpa. Da segunda vez você poderia me levar a minha médica, doutora Sônia, que era a responsável por meu tratamento na época. Levam as pessoas para o centro psiquiátrico para internar. Se você não sabia da Dra Sônia...

Sinto muito decepcioná-lo, mas eu me lembro das crises sim. Inclusive daquelas coisas sexuais. Isso não me impressionou, pois foi devido ao abuso sexual que você e o outro irmão praticaram em mim quando eu era crianca.

Tudo que aprendi na vida foi por força das circunstâncias. Como por exemplo: eu passei a estudar e ter conhecimentos acima do normal sobre sexo depois que sofri o abuso sexual cometido por meus irmaos mais velhos. (antes achava que beijo que engravidava.) Francamente eu preferia nao saber tanto e ter tido irmãos confiáveis, pois não teria sofrido tal abuso. Portanto ninguém precisa invejar tal "inteligência".

Sem querer contrariá-lo, eu nunca tive irmãos de verdade. Eu nunca tive nenhum irmão que me incentivasse na infância. Nenhum irmão meu lia minhas histórias, sequer as ouviam. (isso explica as coisas irreais que você e outros irmãos disseram aos médicos sobre mim.)

Eu sou solitário sim, mas sempre tive e tenho verdadeiros amigos.

Quem lia minhas histórias eram meus verdadeiros amigos, que me conheciam de verdade graças a isso.

Nossa mãe nunca lhe colocou limites. Deve ter sido a falta de um pai. Por isso você sempre abusou e nunca mostrou respeito, trazendo vagabundos para beber na casa de sua mãe, fazendo bagunça, com vadios dormindo pelos cantos da casa. E ainda hoje em dia mostra pouco respeito levando bebida alcóolica quando visita a mãe evangélica e enchendo a geladeira da mãe de cerveja.

Desrespeita a lei e leva um sobrinho menor de idade para tomar bebida alcóolica. Que exemplo tal pessoa pode passar para um filho?

Você diz que quer que ele seja igual a você. Você quer que ele também abuse das pessoas?

Você ajudou o outro irmão a me enganar e a me corromper e juntos abusaram sexualmente de mim. Mas talvez seu caso seja pior que o dele, pois você abusou de outros que eu vi. E depois de velho vinha me chamar de bicha e para reforçar s idéia lembrava da infãncia em que eu agi como bicha. (porque você me ensinou.) Impressionante é que depois de velho você não mostrava vergonha nem remorso de ter feito aquilo na infância. O outro irmão depois de velho não comentou isso nunca mais. Ele deve ter vergonha e remorso.

Nunca tive um monte de namoradas porque nunca quis. Eu gosto da solidão.

P.S. Procure tratamento com um psicólogo! Se não for por você que seja pelos outros!

Ezequiel Coutinho

Paz"


P.S. Texto extraído na íntegra de um email recebido por mim de ZHEREAL na data marcada acima e que será comentadado brevemente neste Blog.

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