Às vezes eu fico tentando entender o meu comportamento.
Eu faço coisas estranhas no dia a dia. Coisas que me preocupam e ao mesmo tempo
não estou nem aí com elas. Às vezes quero mudar, às vezes quero ser eu mesmo.
Imaginem vocês que certo tempo atrás eu postei aqui no Blog sobre “Xadrez,
Inglês e Violão”, contando que eu abandonei a prática destas atividades de
maneira precoce. Mas na verdade o que eu faço é me ligar muito numa coisa só e
me desligar de outras. Por exemplo: Atualmente estou vidrado na idéia de ficar
navegando nas redes sociais, coisa que eu já critiquei aqui no Blog. Parece
coisa de louco (e é), pois eu nunca tive saco pra ficar “cutucando” Twitter e
Facebook, nunca achei graça, mas agora me divirto de montão com as coisas
engraçadas que vejo nestas redes. Fico até tarde da noite. De repente até
incomodando os vizinhos, pois fico com um Notebook tocando sempre minhas
músicas loucas, ainda que baixinho.
Mas por que eu sou assim? Qual a explicação científica
para tal? Comecei com tudo no Inglês e passados dois anos de intenso
aprendizado, desisti... Me empolguei com violão, entrei em cursinho, comprei
dicionário de acordes, entrei numa banda, ensaios mais ensaios, e hoje?
Desisti. Fiquei fã do Kasparov. Comprei seus livros, memorizei jogadas dele,
comecei a participar de torneios on line, e no final, todos já sabem...
Violão, xadrez, inglês, vodka, cigarro de palha... Tudo foi pro espaço!
Se o comportamento assusta, o que dizer então das manias?
Imaginem que eu não gosto de tomar nada de canudinho, não gosto de tomar café
com dois copos plásticos um dentro do outro, não uso nada pendurado pelo corpo,
tipo brinco, anel, cordão e etc, gosto do meu corpo livre... Não gosto de
refrigerante, mas sou viciado em Coca Cola... Não troco de posição no sofá
quando o meu time está vencendo com medo dar azar... Não troco de canal no meio
do jogo... Quando saio de casa ou do carro eu sempre volto pra ver se a porta
está trancada...
Mas estas manias loucas não são só coisas minhas. Conheço
pessoas que também agem de forma estranha. Por exemplo: Tenho um colega que só
come feijão coado, só consome o caldo do feijão. Ele tem medo de se engasgar
com os caroços; Já um vizinho meu, que tem um barzinho onde volta e meia eu compro
umas cervejinhas, nunca te dar de troco notas de R$ 2,00. Ele diz que o dois é
o que tira a dúvida. O dois é tipo um número sagrado. Então na cabeça dele, se
ele recebe 2 e devolve 1, ele está em vantagem. Deve existir alguma teoria
explicando este comportamento do meu vizinho, mas o certo é que se a sua compra
for seis reais e você der dez reais, vai receber 4 moedas de um real; Tenho
ainda um conhecido, que quando faz um lanche, por exemplo, um salgado e um
refrigerante, ele primeiro toma o refrigerante inteiro, pra depois comer o
salgado. Diz que se inverter a ordem, ele acaba se engasgando com o salgado;
Além daqueles loucos que acreditam que espancando seus filhos vai educá-los.
Mas o que os teólogos têm a dizer disto? O que os cientistas
explicam?
Não tem nenhuma explicação. Simplesmente eu sou eu. Quem
gosta de mim tem que me aceitar assim. Só quem deve se preocupar com isto sou eu. Se
eu devo mudar ou não. Só eu posso decidir. Só sei que este sou eu.
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Bacana o texto! Todos temos manias e objetivos que pensamos durar a vida e, no entanto, no dia seguinte, já mudaram. Na língua japonesa, há uma expressão chamada "Míka bozu" que traduzida literalmente seria algo como "garoto dos três dias". Ou seja, depois de 3 dias, o garoto já enjoou daquilo que estava fazendo e foi fazer outra coisa. Sei que minha avó e tia viviam dizendo que eu era um Míka bozu... rs As diferenças de comportamento e as manias são naturais e talvez, a graça das pessoas esteja aí. Abraço.
ResponderExcluirMuito interessante Oscar! Coisas pra refletir! É exatamente o que vou fazer... Abraços meu amigo!
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